segunda-feira, 9 de março de 2009

HOMENAGEM A PABLO NERUDA


Um de meus poetas preferidos, Pablo Neruda
Ângela adônica

Hoje deitei-me junto a uma jovem pura
como se na margem de um oceano branco,
como se no centro de uma ardente estrela de lento espaço.
Do seu olhar largamente verde
a luz caía como uma água seca,
em transparentes e profundos círculos de fresca força.
Seu peito como um fogo de duas chamas
ardía em duas regiões levantado,
e num duplo rio chegava a seus pés,grandes e claros.
Um clima de ouro madrugava apenas
as diurnas longitudes do seu corpo
enchendo-o de frutas extendidas e oculto fogo.

Pablo Neruda

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