domingo, 8 de março de 2009


Aconteceu comigo...

Bateram à minha porta,

era um dia de chuva,

Para ser mais exata,

num sábado, à tarde,

aí, surpreendentemente,

Quando abri, não havia Ninguém

e Ninguém entrou e silenciosamente,

ocupou sua cadeira preferida,

bebeu sua dose de whisk,

e me chamou para dançar,

Uma bela dança de corpos,

e transcorreu comigo,

Ninguém

Nunca vou esquecer daquela ausência-presença!

que entrou e ocupou todos os espaços,

Me alegrando como ninguém

Cobrindo-me com seu abraço, aberto a tudo.

Ninguém presente,

mais que ninguém ausente,

No vazio que ficou,

quando ninguém se foi.

Nas lembranças que Ninguém vai tirar de mim

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