segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
terça-feira, 18 de outubro de 2011
Pouso
sábado, 15 de outubro de 2011
ANTAGONISMOS
Enquanto a quente e áspera areia
Me maltrata os pés
Ondas suaves e frias
Se ocupam em lambê-los
Enquanto o sol e a maresia
Me faz saltar água aos olhos
Amena brisa os acaricia
Enquanto violentas ondas açoitam os rochedos
Ribombando em meus ouvidos
O chiado da alva espuma, que se desfaz
Murmura, para eles, pura paz
Assim minha vida
Nossas vidas
Divididas entre amores e rancores
Entre breu e fulgores
Sentimentos antagônicos
Hiatos que se entrelaçaram
Tentando ocupar espaços
Cada vez mais vazios
HAROLDO RIBEIRO
Nuvens
No silêncio do encontro, fico com meus pensamentos, conversas paralelas,
sons do mundo.
Voz de criança, canto de pássaros, música, MÚSICA!! Ecos.
O homem grita vendendo picolé.
Ao meu lado, uma mulher se bronzeia de olhos fechados, parece estar longe daqui.
Ao longe, crianças brincam na areia, construindo castelos
que as ondas do mar derrubam, vejo também pescadores tirando sargaço do
anzol, nada de peixe!
Olho para cima e vejo um céu azul, poucas nuvens!!
Começo a brincar com as nuvens que vejo, escolho uma e clico.
Fotos do céu.
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
Meu Coração
Para quem desejar conhecer meu coração
vou logo avisando que ele é vermelho, vibrante e barulhento.
Palpita pra lá e pra cá, as vezes erra o ritmo,
as vezes ritmado, as vezes sem ritmo algum,
É meu o coração inflado, apaixonado e delirante
que acha que bate certo, mesmo quando perde o ritmo
e sai batendo errado, devagar, encontra a calmaria ritmada
Logo,logo volta a se empolgar e retoma o ritmo descompassado
tum, tum....emocionadamente.
Horas
Acordei assustada! Perdi a hora, pulei da cama!
Você não me acordou, simplesmente saiu de mansinho!
Deixando saudades.
Alma
Queria conhecer a tua alma! Como posso? Se nem a minha conheço!
Durmo ou não? Passam juntas em minha alma
Coisas da alma e da vida em confusão,
Nesta mistura atribulada e calma
Em que não sei se durmo ou não.
Sou dois seres e duas consciências
Como dois homens indo braço-dado.
Sonolento revolvo omnisciências,
Turbulentamente estagnado.
Mas, lento, vago, emerjo de meu dois.
Disperto. Enfim: sou um, na realidade.
Espreguiço-me. Estou bem... Porquê depois,
De quê, esta vaga saudade?
Fernando Pessoa
O Corpo
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
Palestra no Círculo das Idéias - 2011
Cheguei de mansinho, me acomodei confortavelmente e fiquei prestando atenção nas palavras ditas, a barulheira incomodava o ambiente, o som do microfone estava baixo ou o som externo estava acima do permitido.
Tema: Poesia
Observei o palestrante, seus gestos, seu rosto, de vez em quando ele puxava a camisa, como se ela incomodasse a pele, as pessoas entravam e saiam do círculo das idéias, um vai e vem de corpos, senti que alguns presentes prestavam atenção no assunto, outros não entendiam nada!
O palestrante defendia a ideia que a Poesia não está a serviço de ninguém e que a poesia liberta. Pensei, pensei...dito dessa forma não sou uma escritora, sou apenas uma pessoa que só escrevo algo quando toca minha alma, sem isso, fico sem palavras. Pensei...pensei mais sobre o que ouvi e descobri que me inspiro na respiração do outro, nos movimentos dos outros, como um jogo de xadrez, escrevo,registro algo que me atraiu e me desperta a descrever que sinto. Como somos corpo em movimento, energia constante, ouvi do palestrante a palavra viceral (Profundo, intenso, figadal)me senti remando contra a maré. No final da apresentação, abracei o palestrante e sai de mansinho. Passadas apressadas...sem olhar para trás, segui com minha alma, consciente que todo estímulo que recebo, provocam reações que não brigam com o papel em branco, escrevo com o meus sentimentos particulares, isso é fato! Preciso exercitar a não inspiração para me inspirar, será que vou conseguir um dia? Escrever sem minha alma? Sem que meus sentimentos interfiram na minha inspiração? Fica a lembrança do momento que nunca mais será repetido, único momento!! Só as imagens gravadas e as fotos registraram o acontecimento. Pessoas que nunca mais vão se encontrar, sons que não serão mais ouvidos, fica a lembrança do fato que faço questão de registrar aqui!! Inspirada no que vi.
sábado, 27 de agosto de 2011
Novo Olhar!!
Tão castanho como o mel que colhemos das abelhas.
Tão doce!!
que me deixa dengosa e visível.
pelas tuas retinas, me liberto!!
Tu é o meu espelho cristalino.
Clara e brilhante, água dos teus olhos,
Casa de minha imagem,
que me guardará de lembrança para sempre.
Vendo colorido de novo!! Conjuntivite tchauuuuuuuuuuuu
sábado, 30 de julho de 2011
'Ensaio sobre a Cegueira' é do escritor português José Saramago, vencedor do prêmio Nobel.
O processo me lembrou o livro- filme - Ensaio sobre a Cegueira de José Saramago
Estou no isolamento pensando sobre as pessoas que perdem a visão, provocada por doenças que causam a cegueira.
A vida para de repente, tentamos retomar, mas não podemos ser os transmissores do vírus, não dá para sair de casa, nem ver o sol, (tudo incomoda) exercícios mentais para relaxamento, conto até 100, é pouco, conto até 1000, relaxo o corpo, danço sozinha, canto alto, esperando a hora de colocar os colírios que aliviam a dor.
Paciência....paciência... vai passar, hoje faz uma semana! E parece que estou no primeiro dia.
Marcadores:
conjuntivite,
José Saramago
quinta-feira, 14 de julho de 2011
quinta-feira, 7 de julho de 2011
Um sonho
Cai da cama, que susto!! Atordoada olhei em redor e não reconheci o lugar, tinha a nítida certeza que dormi na minha cama.
Onde acordei? Passei a mão no rosto, me belisquei!! Queria comprovação, era um pesadelo!
Senti dores nas costas, achei que era da queda, apalpei meus ombros, me abracei.
Encontrei penas, de cor cinza em asas enormes que encolhidas, já mostravam seu tamanho.
Eu estava virando pássaro?
Lembro que desejei muito voar, me tornar uma gaivota, sem compromissos terrenos, sem laços.
Agora eu, mutante, gaivota me transformo.
Ainda falam por aí que o "segredo" da física quântica é desejar, acho que consegui.
Vou voar, até que enfim!! Livre!!
Eram tantos detalhes, o lugar: uma areia branca finíssima, céu azul sem nenhuma nuvem, sol brilhante, sua luz chegava a incomodar,(lembrei de meus óculos escuros)
Cadê meus óculos? Apenas areia, céu e horizonte.
Da vida anterior nada resta a não ser a alma que carrego, das lembranças que ficaram (do quarto, da cama, etc)
Vida nova de gaivota, vida de aventuras, voos rasantes em busca de comida (peixe, que ironia, sempre detestei comer peixe) mas sempre desejei voar.
.....e o desejo se transformou em realidade...e entrou pela perna do pinto e saiu pela perna do pato...
E Seu Rei mandou dizer que:
seja o que quiser ser
que a vida é isso!!
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